Bem vindos ao Pato Science

Nosso pensamento não é só de cumprir as metas para obtenção de conceito na
disciplina, mas de informar, trazer a todos os que nos visitam CONHECIMENTO,
as maravilhas da disciplina de Patologia. Assim agradecemos a visita... Sintam-se em casa.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

EMBOLIA GASOSA

Conceito:

A embolia gasosa pode apresentar-se nos condutos arteriais, situação em que o gás obstrui o fluxo sanguíneo em nível arteriolar, culminando em evento isquêmico, ou venoso, onde o gás obstrui a circulaçaõ pulmonar. A primeira apresentação é potencialmente fatal quando ocorre no miocárdio e cérebro, tecidos sensíveis à hipóxia. Por outro lado, a segunda apresentação subdivide-se em massivo, com obstrução do tronco pulmonar e taxa de infusão de gás elevada, e pulmonar, com obstrução da microcirculação do pulmão e taxa de infusão baixa.

terça-feira, 22 de junho de 2010

INVASÃO LOCAL


CONCEITO:

A MAIORIA DOS TUMORES MALIGNOS É OBVIAMENTE INVASIVA, ELES NÃO IDENTIFICAM LIMITES ANATÔMICOS NORMAIS . TAL CAPACIDADE DE INVASÃO TORNA DIFÍCIL SUA CAPACIDADE DE RESSECÇÃO CIRÚRGICA, E MESMO SE O TUMOR PARECE ESTAR BEM CIRCUNSCRITO, É NECESSÁRIO REMOVER UMA MARGEM CONSIDERÁVEL DE TECIDOS NORMAIS ADJACENTES AO NEOPLASMA INFILTRANTE. JUNTAMENTE COM O DESENVOLVIMENTO DE METÁSTASES, A INVASIVIDADE É A CARACTERÍSTICA MAIS SEGURA QUE DISTINGUE OS TUMORES MALIGNOS DOS BENIGNOS.


A CONDIÇÃO DO COTIDIANO:

O USO DAS DROGAS LÍCITAS E ILÍCITAS NO MUNDO TODO ESTÁ CRESCENDO A CADA ANO. INDEPENDENTE DE CLASSE SOCIAL, RAÇA, SEXO, ESCOLARIDADE , NACIONALIDADE. AS DROGAS TÊM EFEITO DEVASTADOR NA VIDA DE QUALQUER PESSOA. PODEMOS COMPARAR A MULTIPLICAÇÃO DO USO DE DROGAS E A INVASÃO LOCAL - TUMORES MALIGNOS

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Seringa implantável libera medicamentos sem dor

Aplicação personalizada de medicamentos

Muitas condições médicas, como câncer, diabetes e dores crônicas, exigem medicamentos que não podem ser tomados oralmente. As doses devem ser intermitentes ou numa base "conforme necessário," sempre durante um longo período de tempo.

Já foram desenvolvidas várias técnicas para aplicações das chamadas drogas inteligentes - um processo chamado drug delivery, ou aplicação personalizada de medicamentos, numa tradução livre. Essas técnicas incluem fontes de calor ou de luz externas, chips eletrônicos implantados e outros estímulos que funcionam como uma chave liga-desliga para a liberação dos medicamentos no corpo.

Contudo, nenhuma dessas técnicas consegue fazer tudo o que se espera de uma forma de aplicação de medicamentos realmente inteligente: abrir e fechar repetidamente a dosagem do medicamento e liberar sempre dosagens precisas, conforme a necessidade do paciente.

Nanotecnologia e magnetismo

Agora, mesclando nanotecnologia e magnetismo, a equipe do Dr. Daniel Kohane, do Hospital Infantil de Boston, nos Estados Unidos, encontrou a solução mais promissora até o momento para o conceito de "entrega de medicamentos."

O medicamento é misturado a nanopartículas magnéticas, feitas de óxido de ferro, e colocadas no interior de uma espécie de cápsula fabricada com uma membrana especial. A cápsula, por sua vez, é inserida no interior de um pequeno dispositivo biocompatível implantável, que mede menos de 1 centímetro de diâmetro. O dispositivo é passivo, sem necessidade de nenhum componente eletrônico.

Um campo magnético aplicado externamente aquece as nanopartículas magnéticas, distendendo a superfície da membrana da cápsula. Essa distensão abre poros temporários na membrana que permitem que o medicamento saia da cápsula e atinja o organismo. Quando o campo magnético é desligado, a membrana se resfria e fecha os poros, interrompendo a liberação do medicamento.

Seringa implantável

A dose liberada pode ser controlada precisamente pela duração da ativação do campo magnético. A quantidade de medicamento liberada manteve-se constante ao longo de múltiplos ciclos de funcionamento.

O dispositivo mostrou-se totalmente biocompatível nos testes em cobaias, sem toxicidade para as células e sem qualquer rejeição pelo sistema imunológico, mantendo-se totalmente funcional por 45 dias no organismo dos animais.

As membranas são ativadas por temperaturas superiores às temperaturas apresentadas pelo organismo, não sendo afetado mesmo por estados de febre alta ou inflamação local.

O próximo passo da pesquisa será obter as autorizações necessárias para os testes em humanos.

Implante cerebral de seda é esperança para epilepsia e lesões da coluna

Implante de seda

Cientistas criaram um novo tipo de eletrodo para implantes cerebrais que praticamente se funde no lugar, adequando-se com perfeição à superfície irregular do cérebro.

Feito de uma mescla precisa de polímero, metal e seda, o implante ultrafino é menos invasivo do que os tradicionais eletrodos de agulha, praticamente não causando danos ao cérebro.

A parte de seda - ou fibroína, a proteína da qual a seda é feita - é projetada para dissolver-se depois que os eletrodos são implantados no cérebro, garantindo um perfeito contato e leituras mais precisas dos impulsos elétricos do cérebro.

Eletrodo cerebral

A tecnologia pode impulsionar o campo das interfaces cérebro-máquina e permitir a criação de dispositivos práticos para monitorar e controlar as convulsões epilépticas e até mesmo para transmitir sinais do cérebro para partes específicas do corpo, saltando partes danificadas por fraturas na coluna vertebral.

"Estes implantes têm o potencial para maximizar o contato entre os eletrodos e o tecido cerebral, minimizando os danos ao cérebro. Eles podem fornecer uma plataforma para uma grande variedade de dispositivos médicos, com aplicações na epilepsia, nas lesões da medula espinhal e outras desordens neurológicas," afirma o Dr. Walter Koroshetz, do Instituto Nacional de Desordens Neurológicas, dos Estados Unidos.

Os experimentos demonstraram que os implantes ultrafinos e flexíveis, recobertos de seda, captam a atividade cerebral mais fielmente do que os implantes mais grossos utilizados atualmente, mesmo quando utilizados em conjunto com o mesmo circuito eletrônico de suporte.

Eletrodos neurais

A primeira geração de eletrodos neurais, usados para gravação dos sinais cerebrais - e ainda a mais largamente utilizada - consiste em pequenas agulhas metálicas que penetram profundamente no tecido cerebral.

A segunda geração trouxe as chamadas matrizes de microeletrodos, constituídas por dezenas de eletrodos de fio semi-flexível. Embora menos invasivas, essas matrizes são essencialmente chips ultraminiaturizados, e a sua base de silício rígida não lhes permite conformar-se à superfície irregular do cérebro.

Já os novos eletrodos neurais à base de seda podem literalmente "abraçar" o cérebro, adaptando-se às ranhuras e se estendendo por suas superfícies arredondadas, colando-se como se fosse uma fita adesiva.

A flexibilidade também permite que eles se adaptem aos movimentos normais, ou até anormais, do cérebro no interior do crânio.

Seda, metal e plástico

Além de sua flexibilidade, a seda foi escolhida como material base dos eletrodos porque ela é resistente o suficiente para suportar a inserção das finas vias metálicas responsáveis por captar os sinais do cérebro e enviá-los para os equipamentos de processamento.

A seda também permite que os implantes sejam projetados para evitar reações inflamatórias e para dissolver-se em tempos predeterminados, que podem variar de quase imediatamente após o implante até anos mais tarde.

As matrizes de eletrodos de metal - com cerca de 500 micrômetros de espessura - podem ser impressas em camadas de poliimida (um tipo de plástico) e de seda e, a seguir, posicionadas sobre o cérebro.

A parte eletrônica do implante foi obtida com a colaboração da equipe do professor John Rogers, da Universidade de Illinois, que desenvolveu circuitos eletrônicos superflexíveis usados, por exemplo, em uma câmera digital que imita a retina humana.

Epilepsia e lesão na coluna

Em pacientes com epilepsia, as matrizes de eletrodos cerebrais podem ser usadas para detectar quando a crise epiléptica está começando, e enviar de volta ao cérebro pulsos elétricos que anulem os ataques.

Nas pessoas com lesões na coluna vertebral, a tecnologia tem potencial para ler diretamente no cérebro os sinais complexos que comandam os movimentos e encaminhar esses sinais diretamente para os músculos saudáveis ou para próteses, saltando a porção danificada.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Sensores sem fio prometem a diabéticos leitura não-invasiva de açúcar no sangue


"Sistema biossensor lê níveis de glicose sem romper a pele".

Para muitos diabéticos, a desagradável tarefa de tirar sangue várias vezes por dia, a fim de verificar os níveis de glicose no sangue, faz parte da vida. Os esforços para desenvolver dispositivos que possam testar a glicemia, sem a necessidade de picar os dedos várias vezes, não apresentou resultados satisfatórios até agora por causa de dúvidas sobre a precisão, bem como queixas sobre a irritação da pele. Uma empresa tem a esperança de resolver esses problemas com um sensor bioquímico que adere à pele como um curativo e manda leitura contínua da glicose do sangue para um dispositivo portátil sem fio.



Um bom nível de glicose no sangue é essencial para a saúde de um indivíduo, especialmente diabéticos, cujos corpos produzem nenhum ou muito pouco do hormônio insulina regular da glicose. Como os níveis elevados de glicose no sangue podem levar a uma longa lista de problemas graves de saúde – glaucoma, lesões nervosas e doenças do coração, só para citar alguns – diabéticos devem testar os seus níveis de glicose várias vezes ao dia, geralmente utilizando um dispositivo de punção para furar a ponta do dedo e tirar sangue.

Echo Therapeutics, com sede em Franklin, Massachusetts, está desenvolvendo um sistema de monitoramento contínuo da glicose transdermal, uma rede sem fio e livre de agulhas chamado Symphony tCGM para diabéticos (há cerca de 24 milhões nos Estados Unidos) e para uso em unidades hospitalares de cuidados intensivos.

Symphony tCGM tem três componentes básicos: a Prelude SkinPrep System, dispositivo aproximadamente do tamanho e forma de um barbeador elétrico, que raspa a superfície morta mais externa da pele (microdermoabrasão), deixando uma mancha do tamanho de uma moeda; um biossensor de glicose que é aplicado lá (em geral no peito ou parte superior das costas) e também um dispositivo sem fio que lê os níveis de glicose do biossensor.


O Prelude remove a pele e cabelo que podem interferir na leitura do biossensor. Ele passa minúsculos impulsos elétricos na pele, explica o presidente e CEO da Echo Terapêutica, Patrick Mooney. Com base na resposta a esses impulsos, o Prelude pode determinar quando viveu aquela célula subjacente da pele, o que permite ao biossensor proporcionar uma leitura mais precisa. O paciente, então, aplica o biossensor em forma de disco no pedaço de pele preparada pelo Prelude. A membrana na superfície do biossensor detecta como a glicose se difunde para fora dos capilares do corpo. O sensor contém uma enzima que reage com a glicose e retransmite a indicação como um sinal elétrico. O impulso passa sem fio para um computador de mão, que registra as informações e monitora as leituras. Cada sensor pode ser usado por dois dias antes de ser substituído por um novo, e então usado no mesmo local ou em outro local tratado pelo Prelude.

O Tufts Medical Center, em Boston, passou vários anos como uma clínica de teste do Symphony eco tCGM. “Frequentemente, durante cirurgias, colhíamos amostras de sangue para testes instantâneos” dos níveis de glicose no sangue, independentemente de o paciente ser ou não diabético, afirma Michael England, chefe do centro de anestesia cardíaca de adultos. O monitoramento contínuo é particularmente importante durante a cirurgia, porque os níveis de insulina variam de acordo com o paciente. “A insulina regular dada às pessoas nas cirurgias pode demorar de 45 minutos a uma hora para fazer efeito”, diz ele.

England é coautor (juntamente com três pesquisadores da Echo) de um estudo de julho de 2008 no Journal of Diabetes Science and Technology, que indicou que a precisão das medições de glicose no sangue da Symphony foi comparável com as práticas mais comuns de desenho e análise de amostras de sangue. Esse achado foi consistente com os resultados de um estudo da tCGM Symphony que a Echo anunciou em novembro. Usando cerca de 900 leituras de glicose Symphony tCGM emparelhado com medições de referência de glicose no sangue (realizadas por meio de amostras de sangue), a Echo alegou sua tecnologia foi 97% precisa.

Além do seu potencial impacto sobre a cirurgia e manutenção diária da diabetes, diz Inglaterra, o monitoramento contínuo da glicose pode ajudar os médicos a entender melhor a insulina e como ela funciona no organismo. Cerca de 50 milhões de pessoas em todo o mundo usam insulina, de acordo com o Centro de Diabetes Joslin, em Boston.

O único medidor de glicose não-invasivo que recebeu aprovação da FDA nos Estados Unidos não está mais no mercado. Em 2001, Cygnus, Inc., ganhou a aprovação para sua GlucoWatch, usado como um relógio de pulso a ser empregado em conjunto com exames de sangue convencionais para detectar as tendências e padrões nos níveis de glicose do paciente. O GlucoWatch administra uma pequena carga elétrica no pulso para trazer glicose á superfície da pele onde ela poderia ser medida a cada 10 minutos. O uso do dispositivo, no entanto, foi interrompido em 2007, após denúncias sobre sua precisão, o que causou irritação em alguns usuários.

Monitoramento da glicose é extremamente importante para os diabéticos, mesmo que um pouco invasiva – incluindo aqueles sistemas que paciente pica os dedos para a obtenção de sangue – são usados por milhões de pessoas e tem vendas na casa dos bilhões. “Todo mundo com quem falo no campo diabetes sente que o acompanhamento transdérmico é um mal necessário”, diz Robert Langer, professor do Massachusetts Institute of Technology (MIT) .

England adverte, no entanto, que encontrar um sistema eficaz de monitoramento contínuo da glicose transdérmica é apenas um passo no controle da diabetes. Ainda não há consenso sobre o que constitui o “nível de certo de glicose” em diferentes pacientes, diz ele. Até que se determine o benefício de ter maior controle sobre os níveis de glicose no sangue, essa é uma “questão em aberto”, acrescenta. “Nós nunca tivemos a tecnologia para este estudo.”

Seleção alcoólica (miscelânia)

É uma questão de lógica...

Uma manada de búfalos se move com a velocidade do búfalo mais
lento... Quando a manada é caçada, são os búfalos mais fracos e
lentos, em geral doentes, que estão atrás do rebanho, que são mortos
primeiro. Esta seleção natural é boa para a manada como um todo,
porque aumenta a velocidade média e a saúde de todo o rebanho pela
matança regular dos seus membros mais fracos.

De um jeito muito parecido, o cérebro humano
pode funcionar apenas tão depressa quanto seus neurônios mais lentos.
Beber álcool em excesso, como sabemos, mata neurônios. Naturalmente,
são os neurônios mais fracos e lentos que morrem primeiro. Neste caso, o consumo
regular de cerveja elimina os neurônios mais fracos,tornando seu cérebro uma
máquina mais rápida e eficiente!


E ainda:

23% dos acidentes de trânsito são provocados pelo álcool. Isto
significa que 77% dos acidentes são provocados por pessoas que bebem
água!!! E ainda fazem campanhas contra o álcool...

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Amiloidose e o Fígado


A amiloidose é uma doença rara (afeta 8 em cada 1 milhão de pessoas), progressiva e geralmente incurável, que ocorre quando há acúmulo, ao redor dos vasos sanguíneos, de pedaços de proteínas dobrado em uma configuração altamente estável. Essas proteínas que são produzidas na medula óssea em comsequencia a uma série de doenças, o que torna a amiloidose não uma doença em si, mas uma manifestação de outra doença.
TIPOS DE AMILOIDOSE
  • Amiloidose primaria(AL) é a mais comum, aonde a proteína amilóide é um fragmento da cadeia leve de imunoglobulinas, que é produzida em excesso por células imunológicas. Geralmente esta associada a uma doença da medula óssea, o Mieloma múltiplo.
  • Amiloidose secundaria(AA), a proteína depositada é chamada de amilóide sérico A e é uma proteína produzida pelo fígado em resposta a processo inflamatorio. muito observada em pessoas portadora de doenças inflamatorios.
  • Amiloidose Hereditária é muito rara e ocorre quando uma mutação genética leva a produção de uma proteína amilóide. A identificação da proteína envolvida é importante para prever suas possíveis complicações, tratamento precoce e risco de transmissão para os filhos.

DIAGNÓSTICO

Após a suspeita clínica, pode ser realizada a pesquisa de amilóides de cadeia leve no sangue ou na urina, que serve como exame de rastreamento. Depois disso, são realizadas biópsias de gordura subcutânea, mucosa retal e medula óssea para confirmação do diagnóstico.

TRATAMENTO

Não há cura. os objectivos do tratamento, apartir do diagnóstico, são reduzir ou diminuir a produção do amilóide, eliminar depósitos, aliviar ou curar a doença de base e tratar as complicações decorrentes pelos depósitos nos órgãos acometidos.












Mapeamento do Cromossomo Y (miscelânia)

Com o avanço das técnicas de citogenética molecular foi possível mapear algumas regiões do cromossomo Y humano, com o objetivo de identificar e localizar alguns loci gênicos, antes ignorados pela biologia molecular, por serem atribuídos a fatores ambientais. Abaixo estão relacionados alguns desses loci:


(errata: onde está escrito alto-confiança leia-se auto-confiança)


1° EPISÓDIO DA SÉRIE EMBOLIAS - EMBOLIA PULMONAR

O que é embolia?

A embolia consiste no deslocamento pelo sangue de uma massa sólida, líquida ou gasosa que, arrastada pela corrente sanguínea, acaba incorporado em um local distante do seu ponto de origem. Praticamente 99% de todas as embolias se deve a um fragmento desprendido de um trombo, e portanto o nome normalmente usado de tromboembolia. São raras as embolias provocadas por gotículas de gordura, bolhas de ar ou nitrogênio, resíduos ateroscleróticos, fragmentos de um tumor ou da medula óssea, ou corpos estranhos como projecteis balísticos.

Embolia Pulmonar

A incidência da embolia pulmonar é de 20 a 25 casos por cada 100.000 pacientes hospitalizados.Contudo a frequência das embolias pulmonares mortais (segundo dados de necrópsia) baixou de 6 para 2% nos últimos 25 anos, a embolia pulmonar no entanto provoca 200.000 mortes anuais nos Estados Unidos.



Em mais de 95% dos casos, as embolias venosas originam se de trombos localizados nas veias profundas das pernas e acima do nível do joelho. Os trombos desprendidos se deslocam por vasos cada vez maiores, atravessam o coração até que penetram na circulação pulmonar.

Dependendo do seu tamanho, a massa desprendida pode obstruir a artéria pulmonar principal, obstruir sua bifurcação ou alcançar as ramificações arteriais menores. Muitas vezes, as embolias são múltiplas, acontecendo talvez a liberação de vários fragmentos de uma grande massa única, em geral, um paciente que teve uma embolia pulmonar está exposto a ter mais.

Vejamos mais algumas características da embolia pulmonar:

- A maioria das embolias pulmonares (60-80%), são silenciosas clinicamente porque são pequenas. Com o tempo, o êmbolo se organiza e se incorpora à parede vascular, em alguns casos, a organização deixa uma delicada rebarba de tecido, como uma ponte fibrosa;

- As embolias que obstruem 60% ou mais da circulação pulmonar produzem morte súbita, insuficiência cardíaca direita ou colapso cardiovascular;

- A obstrução embólica das artérias de médio calibre podem causar hemorragia pulmonar, mas normalmente não produzem infarto porque a área afetada continua recebendo sangue através da circulação bronquial. No entanto uma embolia similar seguida de uma insuficiencia cardíaca esquerda pode produzir um grande infarto;

- As embolias múltiplas podem causar, com o tempo, hipertensão pulmonar e insuficiencia cardíaca direita.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

CALCIFICAÇÃO METASTÁTICA



Calcificação heterotópica provocada pelo aumento da calcemia em tecidos onde não existem necessariamente lesão prévia.


A calcificação metastática não tem sua causa primaria fundamentada nas alterações regressivas teciduais, mas sim em distúrbios dos níveis sanguíneos de cálcio, ou seja da calcemia.

A calcificação metastática é originada de uma hipercalcemia. Essa situação pode ser devida à remoção de cálcio dos ossos(muito comum em situações de cânceres e inflamações ósseas, imobilidade, hiperparatireoidismo) ou à dieta excessivamente rica desse íon. Aumentando os níveis de cálcio, imediatamente a relação desse íon e o fosfato é desequilibrada, o que contribui para a combinação de ambos e para sua posterior precipitação nos tecidos que entram em contato com essas altas concentrações calcêmicas.

Os tecidos calcificados metastaticamente, como Pulmão, vasos sanguíneos, fígado e mucosa gástrica, podem ter a sua função comprometida. Entretanto, a situação de hipercalcemia é mais preocupante clinicamente do que a calcificação em si.

Em 15 dias, remédio em teste reduz câncer significativamente

Primeira fase de testes com a droga PLX4032 mostra resultados positivos para pacientes com um tipo de mutação genética específica.

O PLX4032 foi criado para pessoas que têm um tipo de mutação nos genes. O piloto de avião Mark Bunting, de 52 anos, tem essa mutação. E em outubro passado, descobriu que tinha câncer nos ossos, uma variedade da doença que os médicos consideraram quase impossível de curar. Dois meses depois de iniciar o tratamento experimental com a nova droga, o piloto conta ao Jornal The New York Times que os tumores praticamente desapareceram. Ele não foi o único. Mais 11 pessoas foram beneficiadas com o remédio. Exames como este abaixo mostram o antes e depois da evolução dos tumores no corpo de pacientes terminais que receberam o medicamento. As imagens são motivo de orgulho entre os médicos que participam do estudo:


Exames de um paciente em tratamento, com uma diferença de 15 dias. As partes mais escuras indicam as regiões com tumor


Os testes com o PLX4032 começaram em 2008. A equipe liderada por Dr. Keith Flaherty da Universidade da Pennsylvania trabalha em colaboração com outros cinco centros de estudo do câncer nos Estados Unidos. O remédio é o resultado das pesquisas de uma nova corrente da medicina, que inicia o tratamento com o estudo do perfil genético dos pacientes. Logo, o tratamento não é universal, serve apenas para pessoas com algumas características específicas no DNA.

No caso do PLX4032, os cientistas miraram uma mutação genética chamada B-RAF, que produz uma proteína que ajuda no crescimento do câncer nas pessoas. Os tumores só não retrocederam em dois dos 13 pacientes que receberam o remédio. São justamente essas as duas únicas pessoas estudadas que não tinham a mutação genética. Nos outros 11 pacientes, o câncer retrocedeu.

Os testes devem levar muito tempo ainda até a droga ser aprovada para uso nos Estados Unidos. No entanto, esse resultado pode ser uma esperança para pacientes de câncer.


Relatividade não Muito Relativa (o texto é longo mas muito interessante - LEIA...)

Uso abusivo de terminologia científica confunde, em vez de esclarecer conceitos do cotidiano

É comum, em nosso cotidiano, que conceitos de teorias científicas passem ao vocabulário usual com sentido distorcido e aplicado de maneira muitas vezes incorreta, com apoio pressuposto do argumento de autoridade, legitimando ideias enganosas e não verificáveis.

Um dos casos mais evidentes é o da teoria do “Darwinismo Social” que, ao se apropriar de ideias científicas, procura legitimar preconceitos e mecanismos de dominação entre grupos étnicos e sociais. Felizmente essa interpretação caiu em merecido descrédito, de modo que sua relevância atual é nula, apesar de, no passado recente, ter servido como justificativa para inúmeros conflitos.

Entretanto, parece que Darwin, apesar das grandes contribuições da teoria da evolução aos avanços da biologia e da medicina, hoje incomoda tanto quanto Galileu à sua época. Alguns pretendem dar ao “criacionismo” status de ciência, colocando-o como teoria alternativa ao “darwinismo”. Nada mais pobre, do ponto de vista espiritual e intelectual que confundir ciência e fé.

A fé é de foro íntimo, portanto, de cada um. As diversas religiões devem ser respeitadas, cada uma com seus dogmas. A ciência não deve ser vista como alternativa à religião, mas como outra forma de conhecimento.

A ciência está em constante mutação e assim pode questionar e se aprimorar sempre. A ciência busca o entendimento da Natureza e não há nesse ato qualquer atitude de crença ou descrença em relação a dogmas religiosos.

Darwin, em muitos casos, é vítima do obscurantismo, e suas ideias tendem a ser negadas por um público carente de formação científica. Esse mesmo obscurantismo vitimou, de maneira diferente, outro importante cientista: Albert Einstein.

Coube a Einstein o papel de representar a inteligência superior e a infalibilidade, qualidades induzidas no inconsciente coletivo possivelmente pela dificuldade de transformar suas descobertas em linguagem compreensível a um público mais amplo.

Lido por poucos, virou lenda e por isso a ele são atribuídas ideias um tanto estapafúrdias, com frases repetidas à exaustão em livros de autoajuda. Quer uma prova disso? Diga a sério uma besteira atribuindo-a a Einstein e descubra que quase todos vão acreditar, porque poucos verificam a procedência disso.

A mais engraçada é a que envolve a noção de relatividade: “Tudo é relativo”, argumentam os incautos, e um interminável rolo de enganos subscreve-se à glória de Einstein.

Galileu, que passou maus bocados nas mãos dos obscurantistas, entre seus vários trabalhos enunciou o “Princípio da Relatividade”, que diz: “As leis físicas são as mesmas para qualquer referencial inercial.”. Ou seja, o chamado princípio da relatividade fala de invariância de leis, mesmo que os referenciais produzam medições diferentes para certas grandezas físicas.

O que Einstein procurava, quando enunciou sua “Teoria da Relatividade Especial”, na primeira década do século 20, era salvar o princípio de Galileu, quando aplicado às leis do eletromagnetismo brilhantemente sintetizadas por Maxwell, no século anterior. Parecia, inicialmente, que as leis do eletromagnetismo não eram descritas da mesma maneira, quando se mudava de referencial.

Ao unificar os resultados de Michelson e Morley sobre o fato de a luz não necessitar suporte material para se propagar com as equações de Lorentz, Einstein formulou a "Teoria da Relatividade Especial" e mostrou que as leis do eletromagnetismo são as mesmas para todos os referenciais inerciais.

A partir do final dos anos 1910, Einstein concentrou esforços na Teoria da Relatividade Geral, dedicando-se à investigação de como as leis físicas deveriam ser escritas ao considerar que os fenômenos ocorrem em referenciais acelerados, em relação a inerciais. Desse trabalho resultaram importantes formulações a respeito dos fenômenos gravitacionais e da equivalência entre massa e energia.

Einstein, ao longo de sua carreira, errou em certas coisas, da mecânica quântica, sobretudo, apesar de ser um dos seus criadores e o responsável pelo estabelecimento das bases teóricas do efeito fotoelétrico, também na primeira década do século 20.

Talvez tenha cometido um engano adicional ao chamar seu trabalho de “Teoria da Relatividade”, nome cunhado por Poincaré, e não “Teoria da Invariabilidade”, como pensou fazer. O nome chamaria menos a atenção, mas evitaria enganos e más interpretações, decorrentes do uso rápido e barato de ideias mal compreendidas.

Arrisco, até, a dizer que, por conta disso, há uma espécie de “einsteinismo social”, perambulando pelas livrarias. Pensem como Einstein, raciocinem como o criador da teoria da relatividade, dizem aqueles que nunca estudaram eletromagnetismo ou álgebra de tensores e não têm ideia do grau de concentração e dedicação que esse estudo requer.

NÃO É PATOLOGIA MAS PREOCUPA...

Guerra nuclear local, catástrofe global As preocupações se fixam em Estados Unidos e Rússia, mas uma guerra nuclear regional entre Índia e Paquistão poderia ofuscar o Sol e matar de fome grande parte da humanidade


Há 25 anos, equipes internacionais de cientistas mostraram que uma guerra atômica entre os Estados Unidos e a União Soviética poderia resultar em um “inverno nuclear”. A fumaça dos vastos incêndios deflagrados por bombas lançadas sobre cidades e áreas industriais envolveria o planeta e absorveria tanta luz solar que a superfície terrestre ficaria fria, escura e seca. As plantas morreriam em escala global e nossas fontes de alimentos seriam extintas. No verão, as temperaturas superficiais registrariam valores de inverno. Uma discussão internacional sobre essa perspectiva sombria, alimentada em grande parte pelo astrônomo Carl Sagan, obrigou os líderes das duas superpotências a confrontar a possibilidade de que a corrida armamentista não ameaçava apenas sua própria existência, mas a de toda a raça humana. Todos os países, grandes e pequenos, exigiram o desarmamento.

O inverno nuclear foi fator importante para encerrar a corrida armamentista. Em retrospectiva, o ex-líder soviético Mikhail S. Gorbachev observou, em 2000, que “modelos elaborados por cientistas russos e americanos mostravam que uma guerra nuclear acarretaria um inverno nuclear extremamente destrutivo para toda a vida na Terra; essa informação foi um grande estímulo para nós, pessoas de honra e moralidade, agirmos”.

Por que discutir esse tema agora que a Guerra Fria acabou? Porque, à medida que outras nações adquirem essas armas, guerras atômicas menores, regionais, podem gerar uma catástrofe similar. Novas análises revelam que um conflito entre a Índia e o Paquistão, por exemplo, em que 100 bombas fossem lançadas sobre cidades e áreas industrializadas – apenas 0,4% das mais de 25 mil ogivas do mundo – produziria suficiente fumaça para aniquilar a agricultura global. Uma guerra regional faria um número incalculável de vítimas, inclusive em países distantes do confronto.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Preconceito implícito

Mahzarin Banaji brigava com o projetor de slides quando começaram a entrar no auditório os executivos do New Line Cinema - o estúdio de cinema de Los Angeles que produziu a trilogia Senhor dos anéis. Eles não pareciam muito animados. Haviam sido informados de uma palestra sobre diversidade que incluiria alguns vídeos. "Minha expectativa era de tédio total", admitiu Camela Galano, a presidente da empresa.
No intervalo, no entanto, amontoaram-se em torno da palestrante não só os executivos da New Line como também vários outros da HBO (ambas as empresas são subsidiárias da Time Warner). A psicóloga social da Universidade Harvard começara a palestra com uma série de imagens que denunciavam alguns truques da mente. Um dos vídeos mostrava um grupo de pessoas trocando passes de basquete. Dos 45 espectadores, apenas um percebeu a mulher que andava lentamente pelo meio do grupo carregando um guarda-chuva branco aberto. Depois de mais alguns exemplos, Banaji convenceu-os de que esse tipo de engano de percepção ocorre o tempo todo, sobretudo em atitudes inconscientes.

"É compreensível e racional", disse Banaji à platéia. "E é um erro." Segundo ela, nós até podemos querer ser justos, mas a mente trabalha a despeito de nossa vontade, fazendo conexões e ignorando informações contraditórias. De fato, em um teste rápido, os executivos rapidamente associaram palavras positivas à empresa à qual estão ligados, a Time Warner. Em contrapartida, tiveram dificuldades de fazer o mesmo em relação à Walt Disney - a principal concorrente. E ficaram espantados ao descobrir a mesma tendência em relação a faces humanas. Termos positivos foram associados às feições européias; os negativos recaíram sobre as de ascendência africana.

Banaji estuda atitudes implícitas e seus efeitos sociais desde o fim dos anos 80, quando foi trabalhar na Universidade de Washington com o grupo de Anthony Greenwald, o criador do primeiro teste de associação implícita (IAT, na sigla em inglês). Ele começou medindo a rapidez com que as pessoas apertavam teclas no computador em resposta a coisas que apareciam na tela. Como previsto, elas associavam palavras positivas, como "feliz" ou "paz", a imagens de flores; palavras negativas, como "podre" e "feio", perfilavam-se ao lado de insetos. O passo seguinte foi testar palavras e imagens associadas a etnias. Observou-se que as reações automáticas dos participantes não estavam de acordo com a postura que eles afirmavam ter. Dentre as metodologias usadas na pesquisa em psicologia social, "o IAT decolou rapidamente", recorda-se Greenwald.

Hot New Science - 1º Conferência Internacional sobre células-tronco e genética

Contando com a participação de 23 palestrantes, que vão atualizar a comunidade médica brasileira sobre os resultados de pesquisas feitas na China, Itália, Espanha, Escócia, Inglaterra, Argentina, México, Estados Unidos, Austrália e Israel, a “I Conferência sobre Células-Tronco & Genética da A4MBrasil” será realizada em abril, na cidade de São Paulo.


As inscrições já estão abertas para os três dias de palestras, durantes os quais serão abordados desde princípios básicos até protocolos clínicos da tecnologia de células-tronco e medicina regeneradora.

Calcificação Patológica

A calcificação patológica constitui um processo mórbido de origem nas alterações metabólicas celulares. Essas alterações induzem a uma deposição anormal de sais de cálcio e outros sais minerais heterotopicamente, ou seja, em locais onde não é comum a sua deposição. Em outras palavras, a calcificação patológica é assim definida por se localizar fora do tecido ósseo ou dental, em situações de alteração da homeostase e da morfostase.
A calcificação patológica ocorre em locais que não envolvem dente (D) e osso (O) (Mallory-Azán, 40X)


O mecanismo das calcificações patológicas segue o mesmo princípio das calcificações normais, ou seja, sempre deve se formar um núcleo inicial, principalmente de hidroxiapatita, que no caso é heterotópico. Esse núcleo pode, por exemplo, iniciar-se nas mitocôndrias, sede celular dos depósitos normais de cálcio na célula, quando esta entra em contato com grandes concentrações desse íon no citosol ou no líquido extracelular.
Osso maduro mandibular. O tecido corado em azul indica calcificação já bem adiantada; o tecido vermelho indica calcificação ainda não-finalizada.

Dependendo da situação envolvida em cada alteração funcional ou morfológica do tecido, podem-se distinguir três tipos de calcificação heterotópica: distrófica, metastática e por calculose (ou litíase).

Seleção Alcóolica (miscelânia)

Seleção alcoólica
Questão de lógica

Uma manada de búfalos se move com a velocidade do búfalo mais lento... Quando a manada é caçada, são os búfalos mais fracos e lentos, em geral doentes, que estão atrás do rebanho, que são mortos primeiro. Esta seleção natural é boa para a manada como um todo, porque aumenta avelocidade média e a saúde de todo o rebanho pela matança regular dos seus membros mais fracos.

De um jeito muito parecido, o cérebro humano pode funcionar apenas tão depressa quanto seus neurônios mais lentos. Beber álcool em excesso, como sabemos, mata neurônios. Naturalmente,
são os neurônios mais fracos e lentos que morrem primeiro. Neste caso, o consumo regular de cerveja
elimina os neurônios mais fracos,tornando seu cérebro uma máquina mais rápida e eficiente!

E ainda:
23% dos acidentes de trânsito são provocados pelo álcool. Isto
significa que 77% dos acidentes são provocados por pessoas que bebem
água!!! E ainda fazem campanhas contra o álcool...

Exercícios podem aumentar o volume do cérebro de pacientes com esquizofrenia

Exercícios podem ocasionar mudanças cerebrais benéficas - um aumento no volume de uma área conhecida como hipocampo, tanto em pacientes com esquizofrenia como em participantes saudáveis (controle).

As descobertas sugerem que o cérebro retém alguma plasticidade ou habilidade para se adaptar, mesmo naqueles com distúrbios psicóticos.

A esquizofrenia está associada com um volume reduzido em uma área cerebral conhecida como hipocampo, que ajuda a regular a emoção e a memória.

"Em contraste com outras doenças que apresentam características psicóticas, tal como o distúrbio bipolar, a esquizofrenia é muitas vezes caracterizada por recuperação incompleta dos sintomas psicóticos e incapacidade persistente", escrevem os autores. "Essas características clínicas da doença podem estar relacionadas a um dano da plasticidade neural ou a mecanismos de reorganização do funcionamento cerebral em resposta a um desafio".

A formação de novos neurônios é um componente da plasticidade. Estudos prévios mostraram que o crescimento neural no hipocampo em pessoas saudáveis pode ser estimulado pelo exercício.

Oito participantes com esquizofrenia e oito pessoas de controle foram alocados aleatoriamente para exercitar três vezes na semana, durante 30 minutos, e outros oito pacientes com esquizofrenia jogaram sinuca pelo mesmo período de tempo. O jogo aumenta a concentração e a coordenação mas não afeta a forma aeróbica. Todos os participantes se submeteram a exames de avaliação aeróbica, ressonância magnética do hipocampo, teste neuropsicológico e outras medidas clínicas antes e depois de participarem do programa de 12 semanas.

Após o programa de exercícios, o volume do hipocampo aumentou 12% em pacientes com esquizofrenia e 16% em pacientes saudáveis de controle. A forma física aeróbica melhorou em todos aqueles que se exercitaram e melhoras nos resultados do teste de memória de curto prazo foram correlacionadas com aumento no volume do hipocampo em pacientes e indivíduos de controle saudáveis.

"Estudos clínicos adicionais são necessários para determinar se incorporar exercícios ao tratamento e estilo de vida dos indivíduos com esquizofrenia traz uma melhora na incapacidade associada à doença", concluem os autores.

Composto do açúcar comum silencia a epilepsia

Apesar do uso clínico por décadas, um pequeno composto de sabor doce está revelando uma nova face impressionante como possível cura para epilepsia.

Glicose deoxy- 2, ou 2DG, há muito tempo usada na identificação do rádio, scanner médico, e estudo de imagens de câncer em humanos. Mas agora, pesquisadores da University of Wisconsin-Madison descobriram que a substância também bloqueia o início dos ataques epiléticos em ratos laboratoriais.

As descobertas têm implicações potencialmente grandes em mais da metade de todos os pacientes epiléticos que atualmente não têm acesso ao tratamento, disse o autor sênior Avtar Roopra, professor assistente de neurologia na UW-Madison.

Cerca de 1% da população do mundo sofre de epilepsia, uma doença neurológica que torna as pessoas suscetíveis a ataques epilépticos. Os cientistas acreditam que os ataques, dos quais existem muitos tipos, ocorrem devido a mudanças repentinas em como as células cerebrais enviam sinais elétricos entre elas. Em cerca de 30 a 50% dos pacientes epiléticos, os tratamentos disponíveis - incluindo a remoção das partes do lóbulo temporal cerebral-são amplamente inefetivos.

2DG é essencialmente uma versão mais saborosa das dietas "cetogênicas", ou sem açúcar, que alguns pesquisadores há muito tempo recomendam aos pacientes epiléticos. De fato, a noção de dieta livre de açúcar tem seus primórdios milhares de anos atrás, nos tempos bíblicos, quando os curandeiros algumas vezes prescreviam o jejum como uma maneira potente de se defender de ataques.

Pesquisadores da UW-Madison primeiro começaram a investigar o papel do açúcar no controle de ataques depois que experimentos anteriores mostraram que crianças em dietas sem açúcar podem ter ataques epilépticos rapidamente quando consomem até mesmo uma quantidade pequena de carboidratos, como uma bolacha ou um pequeno pedaço de pão.

Mas dietas cetogênicas podem ser uma experiência ruim. "As crianças não podem comer qualquer tipo açúcar. Imagine nenhum pão ou bolo de Natal,"disse Roopra. Mas 2DG poderia funcionar como um substituto efetivo porque penetram nas células e freiam até certas enzimas celulares. Como um resultado, o corpo não pode usar sua própria glicose.

Embora dietas cetogênicas aparentam funcionar em muitos pacientes epiléticos em que tratamentos existentes não obtiveram sucesso, os cientistas têm lutado para entender a conexão celular exata entre não consumir açúcar e não ter ataques. O trabalho da UW-Madison pela primeira vez esclarece algo desse mistério.

Os cientistas acreditam que a NRSF pode também controlar genes que desempenham um papel no câncer. Roopra está planejando estudos futuros para testar a possibilidade da 2DG combater o câncer de mama, ou o espalhamento rápido de glioblastomas.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Guia para leitura de Artigos Científicos (miscelânia)

Muitos autores, de artigos publicados em revistas cientificas, tentam esconder algumas coisas. Mas este é um guia que desvenda tudo! Vejam e saibam como desvendar e entender o que o autor quer nos passar.

Texto original

O que significa na verdade

- Como a muito tempo se sabe. - Não tive vontade de procurar a referência.
- Isto é conhecido - Eu acho que é assim.
- Geralmente se afirma isso. - Eu e meus colegas pensamos assim.
- Há algumas discussões em torno do assunto. - Ninguém acredita em mim.
- Isto pode ser demostrado. - Acredite em mim.
- De grande importância teórica. - Eu acho isso interessante.
- De grande importância prática. - Isto justifica o meu emprego.
- De grande importância histórica. - Isto pode me tornar famoso.
- O resultados típicos mostram. - Escolhemos os melhores resultados.
- Correto em uma certa ordem de grandeza. - Errado.
- Valores obtidos de forma empírica. - Valores obtidos acidentalmente.
- Os resultados não são conclusivos. - Os resultados poderiam destruir minha hipótese.
- Trabalho adicional é necessário. - Preciso de mais dinheiro para o projeto.
- Sintetizado de acordo com os protocolos padrões. - Comprado da Merck.
- Obrigado João Silva pela assistência na parte técnica e obrigado Maria Soares pelas valiosas discussões. - Obrigado João Silva por ter feito todo o trabalho e obrigado Maria Soares por ter me explicado o que tudo significa.
- Por enquanto não é possível se obter respostas precisas para este problema. - Mesmo não tendo a resposta eu achei que poderia publicar um artigo com essas besteiras.
- Embora alguns detalhes desta imagem foram perdidos na cópia, o original apresenta bem esses detalhes. - Impossível de se visualisar os detalhes mesmo no original.
- Presumidamente isso acontece em intervalos mais longos de tempo. - Não tive paciência para realizar um experimento mais demorado.

- A concordância com a curva esperada é :
1.excelente
2.bom
3.satisfatório
4.regular
5.como esperado

- A concordância com a curva esperada é :
1.regular
2.fraco
3.duvidoso
4.péssimo
5.inexistente
- Geralmente se diz que... - Somente alguns pesquisadores pensam assim.
- Trabalho adicional é requerido para elucidar o trabalho. - Eu não entendi os resultados.
- Lamentávelmente uma teoria com abordagem quantitativa não foi ainda formulada. - Todo mundo já percebeu que isso não faz sentido.
- Eu espero que este trabalho estimule outras pessoas a investir neste campo de conhecimento. - Não me abandonem!!
- Composto de alta pureza. - Isto é o que afirmava o rótulo.
- Os resultados estarão em uma próxima publicação. - Não vou mais me arriscar nessa linha de pesquisa, estou fora!
- Algumas amostras foram escolhidas para o estudo - As outras não faziam sentido.

Obs.: Esta postagem tem como intenção meramente a descontração.
(Por favor, se deliciem com a leitura mas não acreditem nisso!!!)

Degeneração Hidrópica

A Degeneração hidrópica é o acúmulo de água no meio intracelular, consequencia de desequilíbrios no controle do gradiente osmótico no nível da membrana citoplasmática e nos mecanismos de absorção, eliminação de água e eletrólitos intracelulares.

Quando ocorre uma alteração na bomba de sódio-potássio, pela diminuição de adenosina trifosfato (ATP), tem-se como consequência direta a retenção de sódio e água na célula. Este fenômeno é conhecido como degeneração hidrofóbica ou degeneração vacuolar, é o grau mais intenso do edema celular e geralmente conduz a morte celular.


Difere da degeneração turva pela forma de acumular água em vacúolos, que se coalescem, formando nos epitélios o que se conhece com o nome de vesícula. Os melhores exemplos de degeneração hidrópica se vêem nas queimaduras e nas enfermidades virais. A degeneração hidrópica é considerado um estágio mais avançado de degeneração turva, portanto suas causas são semelhantes, variando apenas em intensidade.

Hot New Science - Código da vida é reescrito com quatro letras


Brincar de Deus, como os próprios cientistas dizem com bom humor, criando formas artificiais de vida. Nunca eles estiveram tão perto de levar esta brincadeira a sério como agora.

A equipe do Dr. Jason Chin, da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, reprojetou uma célula para torná-la capaz de ler o código do DNA de quatro em quatro letras, e não mais de três em três, como os seres viventes na Terra fazem.

Código genético artificial

Na prática, isto representa a criação de um código genético paralelo, que pode induzir as células vivas a criar proteínas com propriedades nunca vistas no mundo natural.

Em tese, o código genético paralelo poderá permitir a criação de formas vida "melhoradas", ou mesmo totalmente novas, tornando realidade as profecias do transumanismo, uma corrente polêmica de pensamento que propõe que os avanços da robótica, da nanotecnologia, da biologia e da genética permitirão a criação de uma nova classe de seres humanos com superpoderes - seres humanos com corpos à prova de bala, por exemplo.

Ribossomo artificial

Em todas as formas de vida conhecidas, o mecanismo interno das células lê as quatro "letras" do DNA em conjuntos de três, criando cadeias de aminoácidos. Essas letras - ACGT - representam os nucleotídeos Adenina, Citosina, Guanina e Timina.
Cada letra contém o código para um aminoácido específico - ou diz para a célula encerrar a cadeia que ela está construindo.Agora, o Dr. Chin e seus colegas tornaram a célula capaz de ler as letras do DNA de quatro em quatro, elevando de 22 para 276 o número de aminoácidos que podem ser usados para formar uma proteína. Isto porque o novo código torna possível a criação de 256 palavras, ou códons, com as quatro letras do DNA, cada uma das quais pode ser atribuída a um aminoácido que não existe nas células vivas atuais.

O feito foi possível graças à criação de um novo ribossomo, chamado de ribossomo ortogonal, capaz de ler as mensagens codificadas nos códons quádruplos. Com o ribossomo artificial e o ribossomo natural trabalhando paralelamente no interior da célula, os cientistas conseguiram induzi-lo a produzir novos aminoácidos sem interferir com o funcionamento normal da célula.

Proteínas artificiais

Em experimentos feitos com a bactéria E. coli, os pesquisadores confirmaram a produção de dois aminoácidos não-naturais capazes de reagir entre si para formar uma ligação química diferente das ligações que mantêm unidas as proteínas naturais.

Inseridos em uma proteína chamada calmodulina, elas induziram a formação de uma "calmodulina mutante" que possui uma estrutura completamente diferente da natural.

E as ligações entre os aminoácidos não-naturais parecem ser muito mais estáveis, o que permitiria que as proteínas resultantes sobrevivam em condições ambientais que destruiriam as proteínas naturais.

Para testar seus ribossomos mutantes, os cientistas colocaram-nos em culturas de bactérias crescendo em um meio contendo antibióticos e dotaram as células com um gene de resistência a antibióticos que inclui um códon de quatro bases.

Os ribossomos capazes de ler o códon quádruplo produziram a proteína de resistência ao antibiótico e sobreviveram mesmo na presença de altas concentrações do antibiótico. Aqueles que não conseguiam ler o código quádruplo não puderam criar a proteína para se proteger do antibiótico e morreram.

Materiais artificiais

Em uma utilização bastante plausível - ainda longe de criar formas de vida totalmente novas usando esse novo código genético paralelo - pode-se pensar na utilização das novas proteínas para a fabricação de medicamentos que não sejam destruídos pelos ácidos presentes na boca e no estômago, por exemplo.

Mas daí até a sintetização de células capazes de produzir novos polímeros não parece ser um salto muito grande. Pelo menos não em termos hipotéticos. Um transumanista pode facilmente pensar em células de um organismo vivo capazes de produzir polímeros tão fortes quanto as roupas à prova de bala e incorporá-los em seu esqueleto ou na forma de uma carapaça, ou em uma "super pele".

Contudo, é difícil precisar quantos passos deverão ser dados até que os cientistas se aproximem dessas possibilidades. Todas as tentativas feitas até hoje para manipular o código genético tradicional, criando "formas sintéticas de vida", falharam.

Mas o Dr. Chin sonha com a criação de novos materiais, não necessariamente incorporados em seres vivos. Materiais que poderiam ser criados em grandes biorreatores por bactérias que recebam os novos ribossomos com capacidade de ler o DNA em conjuntos de quatro letras.

Ética da vida

O avanço deverá levantar toda a discussão ética em torno da biologia sintética e de eventuais formas artificiais de vida que, ainda que não sejam uma opção imediata, certamente será uma situação com a qual os cientistas em particular, e a humanidade em geral, se defrontarão mais cedo ou mais tarde.

Descobertas como a agora anunciada mostram que essa discussão é necessária e, sobretudo, inadiável, sobretudo para balizar o trabalho dos cientistas e traçar os rumos que se espera que a ciência avance - sem promessas vãs e sem apelações, seja da reconstituição de corpos com deficiências físicas, seja do temor de super homens descontrolados.

Em termos bem mais imediatos, o novo código genético artificial deverá marcar muito mais o nascimento de uma nova era na fabricação de novos materiais extremamente promissores, do que a ameaça de terroristas mutantes dotados de carapaças à prova de balas.

Matéria postada na íntegra.

Fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=brincando-deus-codigo-vida-reescrito-quatro-letras&id=010160100222


Chumbo pode ser o responsável pelo TDAH

TDAH ou transtorno de déficit de atenção e hiperatividade está entre os distúrbios de comportamento mais custosos. A combinação da falta de atenção, impulsividade e hiperatividade pode levar a acidentes, insucesso escolar, abuso de substância, comportamento antissocial, entre outros.
Apesar de ser estudado há quase 100 anos, as causas do distúrbio ainda são desconhecidas. Muitas das pesquisas atuais sobre TDAH têm focado sobre a hereditariedade da doença, que é responsável por cerca de 70% da hiperatividade e falta de atenção da criança. Os 30% continuam sem explicação e recentemente o foco mudou para o ambiente.

O chumbo é uma neurotoxina e há muito tempo conhecido. A regulação governamental reduziu a quantidade de chumbo liberada para o ambiente, mas apenas regulamentar o combustível de automóveis e a tinta não eliminou completamente o chumbo do ambiente. Ele é encontrado em quantidades imperceptíveis nas roupas das crianças, nos doces importados, no solo e na água que elas bebem.


De acordo com o cientista Joel Nigg, do Oregon Health & Science University, essa exposição universal a baixos níveis de chumbo o torna um candidato ideal para ser um fator desencadeante do distúrbio. Isto era uma teoria até há pouco tempo, mas dois estudos recentes fornecem evidências fortes.

O primeiro estudo comparou crianças diagnosticadas com TDAH e crianças de controle, e descobriu que as crianças com a desordem possuíam níveis de chumbo no sangue levemente superiores. Este estudo mostrou uma ligação entre os níveis de chumbo no sangue e sintomas de hiperatividade e impulsividade apenas.

Um segundo estudo mostrou uma relação forte entre níveis de chumbo no sangue e problemas de hiperatividade e atenção.

Em ambos os estudos, a conexão era independente de QI, renda familiar, raça ou uso de tabaco pela mãe durante a gravidez.

Dr. Nigg fornece um modelo causal para os sintomas associados com TDAH: o chumbo se liga a locais no estriato e córtex frontal do cérebro, ativando ou desativando os genes nessas regiões. Ao desorganizar a atividade cerebral, a toxina por sua vez altera o processo psicológico suportado por esses neurônios, em especial o controle cognitivo. Finalmente, o controle cognitivo diminuído contribui para hiperatividade e falta de atenção.

Current Directions in Psychological Science, 01/02/2010